Eu poderia lembrar do que foi bonito. Como quando eu te contei do ano novo, das horas que passei tendo alucinações que você estava na minha cama. Quando você ouviu a combinação dessas duas palavras, eu vi seu corpo tremer como se um arrepio o percorresse inteiro de súbito, uma descarga elétrica de lembranças das quais você foge o invadisse por completo. Mas será que a beleza desse arrepio que durou um segundo compensou a dor das horas que se arrastavam enquanto a saudade me sufocava e meu próprio delírio me ludibriava?
Quando eu te abracei de repente, você chorou, eu te embalei, e você disse que eu te devolvi pra você mesmo. E agora? Quem vai me devolver pra mim?
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