quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Hoje não. Estamos cansados, não vamos à luta. Sob efeito da droga ou da tristeza, você chora, eu choro, nos vemos morrer e não ouvimos qualquer ruído que indique que não é isso o que queremos. Por fim, perdemos os motivos, vencemos a urgência e o curioso é que na nossa circunstância, como nessa frase, perder e vencer dão no mesmo. E é hora de ir embora do templo que tão bem conhece as confissões de cada lágrima, a exclamação de cada frase que nunca terminamos, a força dos anseios surpreendidos pela luz sorrateira que só precisava de um movimento pra nos conduzir bruscamente ao fundo dos nossos olhos. Aqui nos adoramos e aqui morremos, sem distinguir corpo e alma. Então vai. Eu fico. Observo sua ausência devolver pouco a pouco a frieza do chão. De repente, sem precisar me mexer, estou em um lugar sombrio, esquecida entre as piores ideias, cultuando o vazio. E é irônico lembrar que enquanto você esteve aqui, desejamos apenas ser esquecidos para sempre. "Para sempre"... Você, que me chamou de forte, sabe quantas vezes bebi deste analgésico? Mas hoje não. Hoje eu preciso que alguém sinta minha falta. Hoje eu espero que alguém me encontre deitada aqui.

Um comentário:

  1. "Caída já? será que toda energia já foi tirada deste corpo magro? oras, somos todos odiosamente insistentes em sermos felizes, perseguimos a felicidade com unhas e dentes, levando pedradas de outros ou de nós mesmos, muitas veses em vão,

    Não tema pequena...

    porque a vida é felicidade, a felicidade é vida,temos o costume de nos perder no ruim da vida, mas tem coisas que fazem a felicidade, uma paisagem, uma musica, um esporte, uma sensação, um viver, se quiser a felicidade está não ao lado, mas dentro^^ boa noite" T. Emídio D'Leske

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